Os répteis e anfíbios são fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas. O Aligator-americano (Alligator mississippiensis), por exemplo, cria "poços de aligator", refúgios essenciais para várias espécies durante secas, o que demonstra o impacto ecológico positivo destes animais nos habitats. A Tartaruga-espinhosa (Heosemys spinosa) dispersa sementes ao consumir frutos e defecar em diferentes áreas, desempenhando um papel ecológico vital nas florestas asiáticas.

Como predadores e presas, ajudam a regular populações de insetos, roedores e outros organismos, sendo peças-chave nas cadeias alimentares. Por exemplo, as rãs controlam populações de mosquitos, enquanto serpentes, como a Pitão-reticulado (Python reticulatus), controlam eficazmente populações de roedores, prevenindo pragas e protegendo plantações agrícolas.

Estes grupos contribuem, ainda, para a reciclagem de nutrientes: larvas de anfíbios ajudam na decomposição de matéria orgânica, enquanto que os répteis promovem a polinização e a dispersão de sementes.

As suas características adaptativas, como a ectotermia (regulação da temperatura através do ambiente) em ambas as classes e a respiração cutânea dos anfíbios, mostram a sua ligação ao meio, mas também os tornam vulneráveis a alterações ambientais. A pele permeável dos anfíbios, essencial para trocas gasosas, expõe-nos a poluentes e doenças, como a quitridiomicose, que tem dizimado globalmente populações de espécies como o Axolote (Ambystoma mexicanum), que, apesar da sua incrível capacidade de regenerar os seus membros, enfrenta declínios populacionais graves devido à poluição e à perda de habitat. Já os répteis enfrentam desafios como a destruição de habitats, alterações climáticas e captura ilegal. O Dragão-de-komodo (Varanus komodoensis), o maior lagarto do mundo, encontra-se vulnerável devido à perda de habitat nas ilhas da Indonésia, onde é um predador de topo com um papel crucial no controlo de presas.

Proteger estes animais é essencial para a biodiversidade e resiliência dos ecossistemas face às alterações globais, assegurando o equilíbrio ambiental e benefícios que impactam diretamente a humanidade.

O programa educativo “Répteis e Anfíbios: Interações, equilíbrios e ambiente” foi desenvolvido com o objetivo principal de sensibilizar a comunidade escolar para a importância destas classes de animais. No decorrer do programa, alunos e professores poderão observar as espécies presentes no Jardim Zoológico e compreender, com o apoio de educadores ambientais, como estes seres vivos desempenham papéis essenciais nos ecossistemas.

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18 de Março de 2025