A tentativa de compreender a origem e a diversidade das espécies percorreu um longo caminho, repleto de figuras icónicas.
Carl von Linné, no século XVIII, revolucionou a classificação dos seres vivos ao propor a nomenclatura binomial, um sistema que designa cada espécie com dois nomes latinos: género e espécie. Por exemplo, a
Zebra-de-grevy, cujo nome cientÃfico é Equus grevyi, foi assim nomeada seguindo este sistema, permitindo uma organização precisa da biodiversidade. As classificações evoluÃram, desde as meramente descritivas até à s filogenéticas, que evidenciam relações de ancestralidade.
Jean-Baptiste Lamarck destacou-se ao propor a primeira teoria sobre os mecanismos da evolução. Com a "Lei do Uso e do Desuso" e a "Lei da Herança dos Caracteres Adquiridos", defendia que as caracterÃsticas adquiridas durante a vida de um organismo seriam transmitidas à descendência. Contudo, foi Charles Darwin quem deu o passo decisivo. Inspirado pela sua viagem no HMS Beagle, apresentou a teoria da seleção natural, onde as variações hereditárias favorecem a sobrevivência e a reprodução em ambientes especÃficos. Estas teorias podem facilmente ser debatidas observando a
Girafa-de-angola (Giraffa camelopardalis angolensis), cuja evolução favoreceu indivÃduos com pescoços mais longos, capazes de alcançar folhas das altas Acácias-espinhosas, como uma adaptação ao seu habitat.
A evolução diverge e converge: estruturas homólogas, como os membros anteriores dos mamÃferos, apontam para um ancestral comum, enquanto estruturas análogas, como os lábios dos Rinocerontes, resultam de pressões ambientais semelhantes. No Jardim Zoológico, observa-se que o
Rinoceronte-indiano (Rhinoceros unicornis) tem lábios triangulares adaptados para arrancar folhas e frutos de arbustos, enquanto o
Rinoceronte-branco (Ceratotherium simum) possui lábios largos e planos ideais para pastar erva no solo.
Por outro lado, teorias como o criacionismo e o catastrofismo, defendidas por figuras como George Cuvier, também procuraram explicar a diversidade da vida, mas não resistiram às evidências fósseis e genéticas que consolidam o evolucionismo como a chave para decifrar a história da vida na Terra.
No programa educativo "Oficina na Rota de Darwin", os alunos terão a oportunidade de explorar estas teorias em profundidade, observando de perto espécies do Jardim Zoológico e compreendendo, com o apoio de educadores ambientais, como a evolução moldou a biodiversidade que hoje conhecemos.
Informações e Inscrições via
Oficina na Rota de Darwin
Descubra os nossos
Programas em Programas Educativos - Ensino Secundário
Veja os seguintes
VÃdeos de apoio
14 de Fevereiro de 2025