Tem uma dentição aglifa (dentes cónicos não- inoculadores de veneno). Possui fossetas termossensoriais (pequenos orifícios localizados entre as escamas “labiais” que possuem membranas sensíveis ao calor), graças às quais a serpente consegue detectar, em plena escuridão, a localização das suas presas.
Durante o dia refugia-se em fendas rochosas, troncos de árvores ocos ou buracos no solo. Esta espécie é excelente trepadora. Mata as presas por constrição (aperta-as até que morram por asfixia). Quando ameaçada, enrola-se sobre si mesma formando uma bola no centro da qual protege a cabeça, é desta postura de defesa que resulta um dos nomes comuns por que é conhecida: "pitão-bola". Alimenta-se de pequenos mamíferos (preferencialmente roedores) e aves.
Espécie ovípara. Época de acasalamento: De Dezembro a Janeiro. Postura: Cerca de 10 ovos depositados entre Fevereiro e Abril. Só se reproduz em intervalos de dois a três anos. Período de incubação: 2 meses. Geralmente, durante este período, a fêmea não se alimenta. Enrola-se em torno dos ovos e, apesar de ser um animal cuja manutenção da temperatura corporal depende de uma fonte externa, como o meio ambiente, consegue aumentar a temperatura de incubação através de contracções e distensões musculares que vai produzindo. Maturidade sexual: 2,5-3,5 anos.
Não avaliada (pela União Internacional para a Conservação da Natureza). Principal ameaça: Captura intensiva para o comércio ilegal de espécies exóticas e de peles. É umas das espécies de serpentes mais procurada para o comércio de animais exóticos.
África Ocidental e Central (desde o Uganda à Nigéria e para Oeste até à Libéria, Serra Leoa e Guiné).