O Dia Mundial do Pinguim celebra-se anualmente no dia 25 de abril e tem como objetivo sensibilizar para as ameaças que estas aves marinhas enfrentam no habitat natural.
Apesar de terem zonas de distribuição dispersas, existindo inclusivamente 3 subespécies que geralmente não contactam com gelo em toda a sua vida, todas as subespécies se encontram sob pressão devido à drástica diminuição dos stocks de peixe, à poluição e às alterações climáticas.
O Pinguim-do-cabo, espécie representada no Jardim Zoológico, encontra-se em acentuado declínio, estando classificada, desde 2010, pela IUCN como Em Perigo. Por esta razão, o Jardim Zoológico contribui através do seu Fundo de Conservação para a recuperação destas aves marinhas através da SANCCOB, a Fundação para a Conservação das Aves Costeiras da África do Sul. Com esta parceria, em vigor desde 2017, o Jardim Zoológico participou na construção do Sea Bird Hospital, que permitirá a reabilitação de um maior número de animais.
Esta organização sem fins lucrativos pretende reverter o declínio das populações de aves marinhas doentes, feridas, abandonadas ou afetadas por derrames de petróleo, através do seu resgate, reabilitação e libertação. Anualmente, a SANCCOB, reabilita 600-900 ovos e crias que são posteriormente reintroduzidas.
Apesar de não se tratar de uma espécie nativa de Portugal, é de reforçar que todos podemos contribuir para a sua conservação, através da compra produtos locais, ao preferir produtos biológicos, recusando sacos e outros materiais de plástico. Podemos ainda contribuir para a conservação destas aves marinhas através da divulgação de projetos ou de contribuições financeiras feitas direta ou indiretamente a projetos e instituições que atuem no terreno, como é o caso do Fundo de Conservação do Jardim Zoológico, que é constituído por uma parte das verbas angariadas na bilheteira do parque.