O estatuto do Dragão-de-komodo, Varanus komodoensis, conheceu no passado dia 4 de setembro uma nova classificação, passando de “Ameaçado” para “Em Perigo”. Esta classificação é da responsabilidade da União Internacional para a Conservação da Natureza, IUCN, também ela responsável pela elaboração da “Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas”, um indicador crítico da saúde da biodiversidade mundial e uma ferramenta poderosa para informar e catalisar ações de preservação.
A nova classificação, deste que é o maior sáurio do mundo, foi conhecida no Congresso Mundial de Conservação que está a decorrer em Marselha, França, onde foi publicada a mais recente atualização desta lista.
Segundo a Agência LUSA, “no total, o novo “barómetro” da biodiversidade do planeta lista 138.374 espécies, das quais mais de um quarto (28%) – ou seja, 38.543 - estão classificadas nas várias categorias de “ameaçadas”.”
Tendo como área de dispersão um conjunto de ilhas situadas no território indonésio, a espécie depende, em algumas dessas ilhas, de parques nacionais para conseguir sobreviver. Para o IUCN a evolução do estatuto deste grande lagarto reflete a relação entre a diminuição da biodiversidade do planeta e a atividade humana.
O aquecimento global e a atividade humana são algumas das ameaças apontadas pela IUCN para o declínio desta espécie. Devido às alterações climáticas a União Internacional para a Conservação da Natureza estima um aumento do nível do mar de pelo menos “30% nos próximos 45 anos” e alerta que “embora os Dragões-de-komodo presentes no parque nacional [indonésio] estejam bem protegidos, os que vivem fora estão em risco de perder parte significativa do seu habitat devido às atividades humanas”.