Um estudo liderado pela Universidade Estatal da Florida, EUA, alerta para o facto de 85% das espécies da Amazónia classificadas como ‘ameaçadas’ poderem ter perdido
uma parte significante do seu habitat com a desflorestação e incêndios verificados nos últimos vinte anos.
As medidas de conservação com o objetivo de conter a desflorestação e as queimadas começaram a ser aplicadas em meados da década de 2000. No entanto, a investigação conclui que nos anos em que as políticas foram aliviadas houve um aumento abrupto das áreas afetadas. O ano de 2019 é apresentado como exemplo, durante o qual se registou um aumento de 20 a 28 % da área ardida, afetando cerca de 12.064 a 12.801 espécies de plantas e vertebrados.
O cenário não é de todo animador prevendo o estudo que em 2050 a Amazónia terá perdido entre 21 e 40% da sua cobertura florestal com um grande e negativo impacto na biodiversidade local. No entanto, o impacto poderá vir a ser ainda maior uma vez que os incêndios atinjam a Bacia Amazónica. Esta estrutura abriga cerca de 10% das espécies conhecidas em todo o mundo e desempenha um importante papel na regulação climática do planeta.
É cada vez mais importante reforçar as políticas de conservação neste que é um dos pulmões do mundo, de forma a evitar que as espécies que tiveram até agora uma parte vital do seu território destruída consigam regenerar-se evitando a extinção das mesmas e, consequentemente, a perda da biodiversidade.