No passado dia 7 de julho, o Governo Chinês declarou que os Pandas-gigantes (Ailuropoda melanoleuca) atingiram os 1800 indivíduos em habitat natural. A espécie deixa assim de estar classificada como “Em Perigo” e assume o estatuto de “Vulnerável”.
Cui Shuhong, Diretor do Departamento de Proteção Ecológica do Ministério da Ecologia e Meio Ambiente chinês, explicou em conferência de imprensa que esta recuperação está relacionada com os esforços feitos pela China na implementação de programas de conservação, através dos quais as "condições de vida de algumas espécies raras foram melhoradas". Shuhong acrescentou ainda que, para além dos Pandas-gigantes, também os Leopardos-do-amur (Panthera pardus orientalis) e a Íbis-do-japão (Nipponia nippon) registaram um aumento de indivíduos em habitat natural.
A escala dos estatutos de conservação foi desenvolvida pela União Internacional para a Conservação da Natureza, IUCN, e define nove níveis distintos, com o objetivo de criar um sistema de classificação de fácil compreensão e globalmente aceite. “Vulnerável” é o quinto nível dessa escala, a partir do qual se considera que a espécie está perante um alto risco de extinção na natureza.
Já em 2016 a comunidade científica se tinha regozijado com a melhoria no estatuto de conservação dos pandas que tinham transitado de “Criticamente em Perigo” para “Em Perigo”. A evolução no estatuto da espécie nos últimos seis anos confirma o sucesso dos programas de conservação deste carismático animal.